quinta-feira, 15 de outubro de 2015

FATO HISTÓRICO REGISTRADO NESTE MÊS DE OUTUBRO DE 2015.

 Copyleft

Uma mudança decisiva 

no equilíbrio de poder

Putin, sem recorrer a nenhuma ameaça verbal ou xingamentos, 

mudou decisivamente o equilíbrio de poder, e o mundo sabe disso.




reprodução

Paul Craig Roberts, do CounterPunch




O mundo começa a notar a mudança profunda para a geopolítica que representou o discurso de Vladimir Putin na ONU, no dia 28 de setembro, quando o presidente russo declarou que a Rússia não pode mais tolerar a política externa perigosa, estúpida e falida de Washington, que desencadeou o caos que engoliu o Oriente Médio e agora começa a tomar a Europa. Dois dias depois, a Rússia assumiu o controle militar na Síria e deu início à destruição das forças do Estado islâmico.
Entre os assessores de Obama, talvez ainda haja alguns que não tenham sido totalmente cegados pela arrogância e possam compreender a mudança em curso. A agência russa de notícias Sputnik afirmou que alguns dos conselheiros do presidente americano especialistas em segurança aconselharam-no a retirar as forças militares americanas da Síria e desistir de derrubar Assad. Eles sugeriram uma cooperaração com a Rússia, a fim de parar o fluxo de refugiados que hoje sobrecarrega os países vassalos de Washington na Europa. A chegada em massa de pessoas indesejadas está fazendo os europeus se darem conta do alto preço do apoio à política externa americana. Os conselheiros mostraram a Obama que as estúpidas políticas dos neoconservadores estariam ameaçando o império de Washington na Europa.
Analistas como Mike Whitney e Stephen Lendman concluiram, corretamente, que Washington está de mãos atadas no que diz respeito à estretégia russa contra o Estado Islâmico. O plano dos neoconservadores de que a ONU decrete uma zona de exclusão aérea sobre a Síria, a fim de expulsar os russos, não passa de delírio. A ONU nunca aprovará tal resolução. Na realidade, os russos já estabeleceram uma zona de exclusão aérea de fato.
Putin, sem recorrer a nenhuma ameaça verbal ou xingamentos, mudou decisivamente o equilíbrio de poder, e o mundo sabe disso.
A resposta de Washington consiste em xingamentos, bravatas e mais mentiras, algumas das quais ecoadas por alguns dos cada vez mais trôpegos vassalos de Washington. O único resultado tem sido evidenciar a impotência de Washington.
Se Obama tiver alguma consciência, vai dispensar os idiotas neoconservadores que dilapidaram o poder de Washington, e se concentrar em, junto com a Europa, trabalhar ao lado da Rússia para destruir – ao invés de patrocinar – o terrorismo no Oriente Médio, por trás da crise dos refugiados na Europa.
Mas se Obama não puder admitir um erro, os Estados Unidos continuarão a perder credibilidade e prestígio em todo o mundo.

Paul Craig Roberts foi secretário-assistente do Tesouro americano e editor associado do Wall Street Journal. Roberts é autor dos livros How the Economy Was Lost e How America Was Lost
Tradução de Clarisse Meireles 


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Cuba: único país latino-americano a atingir objetivos de educação

© Foto: Adalberto Roque/AFP O principal objetivo - a escolarização universal de todas as crianças em idade de cursar o ensino fundamental - foi atingido por apenas a metade dos países.

Na América Latina e no Caribe, apenas Cuba atingiu os seis objetivos de Educação para Todos da UNESCO no período 2000-2015, informou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.

Quinze anos após o lançamento, em Dakar, da iniciativa Educação para Todos, a missão fixada pela UNESCO não foi cumprida, apesar de alguns progressos.

"Apenas um a cada três países do mundo atingiu a totalidade dos objetivos mensuráveis da Educação para Todos (EPT) estabelecidos no ano 2000", destaca o relatório de acompanhamento do programa, assinalando que "na América Latina e no Caribe, Cuba foi a única nação a cumprir estes objetivos".

O principal objetivo - a escolarização universal de todas as crianças em idade de cursar o ensino fundamental - foi atingido por apenas a metade dos países, tanto na América Latina como em todo o mundo, destacou a UNESCO, um mês antes do Fórum Mundial de Educação em Incheon, na Coreia do Sul.

"Mas em todo o mundo foram registrados progressos impressionantes", destacou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova. "Conseguimos o ingresso no ensino fundamental de milhões de crianças que não estariam lá se persistissem as tendências predominantes na década de 90".

"Para que a universalização da educação chegue a ser uma realidade, é necessário adotar estratégias específicas e financiá-las adequadamente para dar prioridade às crianças mais pobres, especialmente às meninas, visando melhorar a qualidade do ensino e reduzir as diferenças no grau de alfabetização”, acrescentou Bokova.

O relatório assinala que serão necessários 22 bilhões de dólares anuais para completar as contribuições previstas pelos governos visando garantir o sucesso dos novos objetivos em matéria de educação para o período 2015-2030.

- Persistem evasão escolar e analfabetismo na América Latina -

Segundo o relatório, mais da metade dos países da região conseguiram a universalização do ensino fundamental, "mas ainda há 3,7 milhões de crianças sem escolarização".

"Mais de um quinto dos alunos do ensino fundamental da região abandonam a escola antes de terminar este ciclo de aprendizado" e esta situação "não sofreu qualquer mudança desde 1999".

"Os índices de analfabetismo caíram em 26% em toda a região, um percentual muito distante dos 50% previstos neste objetivo", assinala a UNESCO, que estima que apenas Bolívia, Peru e Suriname "vão atingir a meta estabelecida".

A UNESCO estima em 33 milhões o número de adultos "que carecem de conhecimentos básicos de leitura e escrita" na América Latina, "sendo 55% mulheres".

O relatório emite uma série de recomendações, entre elas a obrigação de se "cursar um ano de ensino pré-escolar no mínimo", uma "educação gratuita que deve abranger cadernos, livros, uniformes e transporte escolar", a aplicação dos "convênios internacionais sobre idade mínima" para o trabalho, a adequação das políticas de alfabetização às "necessidades das comunidades" e a redução das "disparidades de gênero em todos os níveis".

 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

(.....♫ ♫......)

Então qu(.....♫
♫......)

Então quando suas esperanças estão se esvaindo
Mas você sabe seu desejo
Não segure vidro sobre as chamas
Não deixe seu coração ficar frio.......♫

Vou te chamar pelo nome
Vou compartilhar o seu caminho

Me segure rápido, abrace-me rápido
Porque eu sou um viajante sem esperanças.............. </3


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Analise comigo: é possível viver bem, ter saúde e fartura sem dinheiro?

Claro que não.

Isso por si só justifica o fato de que a prosperidade é um dos atributos essenciais da divindade. Portanto é absolutamente justo e coerente você aspirá-la. Busque a sua prosperidade sob um ângulo mais elevado, caracterizando-a como uma qualidade divina que pode ser utilizada para beneficiar a si mesmo e aos outros.

Pois bem!

terça-feira, 31 de março de 2015

quinta-feira, 26 de março de 2015

Os evangélicos no Brasil precisam se despir do ódio, ódio que ajudaram a construir.

Ninguém é porta-voz de Deus e, segundo me lembro, Deus não precisa ser defendido.

Muito menos com ameaças de ação judicial.

 

TODA VERDADE LIBERTA à isso é ETERNO!!

O Amor é o que nos faz UM!!

 

quinta-feira, 19 de março de 2015

SAIBA O MUNDO:

 

Para ter informações objetivas sobre a Venezuela não devemos nos contentar com a imprensa que se limita a reiterar os argumentos de Washington.

terça-feira, 17 de março de 2015

NÃO PROVOQUE FALANDO EM “QUERER VER SANGUE” !!

Isso não condiz com tudo que você tem defendido!!!

 

Observe o seguinte:

 

O fenômeno do parasitismo político.

Na biologia estuda-se o fenômeno do parasitismo.

Segundo a definição, parasitas são organismos que vivem em associação com outro, dos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro.

Na política, o parasitismo é similar. Em cima do sentimento maior pululam as manobras oportunistas, de grupos parasitários. Um deles são os grupos de mídia, que atuaram como agentes estimuladores das tendências de revolta.

Dia 15, na Paulista, um dos poucos slogans que não era anti-Dilma foi o conhecido “o povo não é bobo, abaixo a rede Globo”.

Outros, políticos querendo tirar sua casquinha. Bolsonaro foi vaiado, Martha Suplicy execrada por petistas e antipetistas, e FHC, Serra e Aécio – que já conhecem a Besta desde o governo tucano – preferiram colocar lenha na fogueira e prudentemente ficar longe do fogaréu.

Um terceiro grupo são malandros de toda espécie vendendo camisetas, ou vendendo apoio a golpistas etc.

Em junho de 2013, quem quis tirar casquinha, levou na cabeça. Nenhum grupo parasita logrou cavalgar a Besta.

O que acontece quando a Besta aparece?

Quando a Besta sai às ruas, não bastam mais os mecanismos convencionais de prevenção de crise.

É uma boiada estourando, sem comando, com uma corrida dos grupos oportunistas para tentar cavalgar o boi guia. Esses estouros de boiada podem levar a um Hitler, a um Berlusconi ou a um Roosevelt, dependendo de quem conseguir dirigir os instintos da boiada.

A mensagem unificadora pode ser um discurso de esperança e solidariedade; ou o exercício da intolerância e da busca do inimigo para ser liquidado.

 

- See more at: http://www.ocafezinho.com/2015/03/16/uma-analise-dura-e-realista-de-luis-nassif/#sthash.00BPRGTx.dpuf

 

Então precisamos ter o cuidado de não provocar o que neste momento há de pior nas pessoas, pois dessa forma podemos vir a ser vistos do Alto como culpados por atos de revanche com violência!!  Proteja seu filho e sua esposa e seus pais disso tendo uma atitude pacífica de conselheiro. Ilumine o caminho das pessoas mas jamais bata nelas com a lanterna!!

 

Toda ação gera uma reação!! Se você falar em sangue, irão querer ti responder com sangue!!

Pense nisso!

Eis AO VIVO, O Livro de Danie capítulos 9 a 12l!!!

 

Unasul pede que EUA revoguem novas sanções à Venezuela

A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) condenou o decreto do governo dos Estados Unidos que considera a Venezuela uma “ameaça incomum e um problema extraordinário" para o país e pediu a revogação do texto.



Unasul

 

“A Unasul reitera o chamado ao governo dos Estados Unidos da América para que avalie e ponha em prática alternativas de diálogo com o governo da Venezuela, sob os princípios de respeito à soberania e à autodeterminação dos povos”, informou a Unasul em comunicado oficial.

O decreto, assinado pelo presidente Barack Obama na última segunda-feira (9), determinou a aplicação de novas sanções a sete altos funcionários venezuelanos, acusados de violação de direitos humanos. Entre os funcionários estão o diretor-geral dos Serviços Secretos e o diretor da Polícia Nacional. As sanções incluem a proibição de entrada nos Estados Unidos e o congelamento de bens.

A manifestação da Unasul pela derrubada do decreto foi aprovada por unanimidade pelos 12 países que integram o grupo. No comunicado, a Unasul diz que as novas medidas anti-Venezuela do governo Obama constituem “uma ameaça de ingerência à soberania e ao princípio de não intervenção nos assuntos internos de outros Estados”.

O bloco sul-americano ainda manifestou “compromisso com a plena vigência” do direito internacional e de instrumentos como o princípio da não intervenção e pediu que os países “se abstenham da aplicação de medidas coercitivas unilaterais”.



Fonte: Agência Brasil

 

 

 

sexta-feira, 13 de março de 2015

Contagem regressiva para o juiz moro.

Tião Viana interpela
bandido P. R. Costa

Governador do Acre repudia decisão da PGR

O Conversa Afiada publica reação de Tião Viana à sua inclusão na Lava Jato, em que o Dr Moro não fará as perguntas da Conceição Lemes.

 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Eu costumava citar a 3 João 2 dizendo: ‘Acima de tudo, Deus deseja que vocês prosperem’. Eu amava essa passagem da Escritura. Ela parece ótima, num cenário da TV, quando se levantam fundos, e eu as interpretava como se Deus desejasse que fôssemos todos ricos. Mas quando cheguei às palavras de João, pensei: ‘Ora, isso não faz sentido.’ Então procurei a palavra ‘próspero’ no Grego e descobri que ela é composta de dois vocábulos: o primeiro significando ‘bom’ ou ‘bem’ e o segundo significando  ‘jornada’. É uma palavra progressiva, então parece uma jornada.

         Então, temos aqui basicamente o que João quis dizer: ‘Amado. Desejo-lhe uma boa jornada pela vida, do mesmo modo como sua alma tem feito uma boa jornada para o céu’.  Era uma saudação! Construir uma teologia sobre esse verso é o mesmo que edificar a igreja sobe a frase ‘Tenha um dia feliz!’

 

Comecei a examinar as passagens da Escritura, usadas no ensino  da prosperidade, tais como “Dai, e ser-vos-á dado’ (Lucas 6:38). Mas quando fui ao contexto da Escritura, descobri que Cristo estava nos ensinando que na mesma medida em que perdoamos somos também perdoados. Ele estava ensinando o perdão, não dinheiro. Ele estava nos ensinando que na medida em que perdoamos somos também perdoados.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Que lindos!! 

Jovens, sejam senhores, como estes senhores!!!

Stedile: Lula, venha pra rua!

Lula, vem que povo te segue !

Stedile, na rua, em frente ao prédio da Petrobras

 
No ato em defesa da Petrobras, Joao Pedro Stedile, lider do MST, dirigiu-se a Lula:

- Temos que ir para as ruas !

- Criar nucleos de defesa da Petrobras.

- No dia 13, manifestar-se onde tiver um posto da Petrobras.

- Os movimentos sociais do campo dizem aos petroleiros: estamos com voces aonde for preciso !

- Lula, larga o Instituto Lula e vem pras ruas.

- Recupera o Lula de São Bernardo !

- Vem que o povo te segue !

- A Petrobras é nossa e ninguém tasca !


Paulo Henrique Amorim

 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Venezuela Linda!!

 

"Venezuela, com a Verdade Venceremos"

 

- oligarquias do banco Santander,

 

“Se fossem verdadeiras suas desgastadas profecias, por que a linda Revolução Bolivariana tem ganho 18 de 19 eleições em 15 anos consecutivos?”, questionou.

“Mesmo com a guerra econômica e sabotagem conseguiu-se baixar o desemprego a níveis históricos e seguimos reduzindo a pobreza e a miséria. Ademais, aumentou-se a matrícula universitária com mais de dois milhões e 700 mil estudantes com educação gratuita e de qualidade como direito social”, destacou.

“Por que vêm milhares de colombianos a Venezuela se as mentiras de suas campanhas sujas fossem verdadeiras?”, contrapôs o mandatário.

“Neste território há mais de cinco milhões de colombianos, sendo que 800 mil emigraram nos últimos nove anos. Apenas em 2013 ingressaram 189 mil, em 2014 foram 144 mil e em janeiro de 2015, uns 12 mil”, informou. “Por que vêm do paraíso ao inferno que alguns desenham?”, sublinhou.

“Ademais, um milhão e 600 mil colombianos emigraram aos Estados Unidos e um milhão e 200 mil à Espanha, segundo cifras oficiais” – nos mesmos períodos -, precisou.

"Digo à imprensa Colombiana que assumo o debate em defesa de minha Pátria, os desafio a debater sobre a verdade, mas que ninguém se ofenda", escreveu no Twitter.

“Não podemos seguir aceitando que a oligarquia midiática colombiana siga mentindo e semeando o ódio sobre a Venezuela porque trata-se de uma aberração total.

À Pátria de Bolívar respeita-se! Deixem a mentira, a manipulação sobre nossa Formosa Revolução de Povo Rebelde e Libertário!

A que temem?

Com a verdade nem ofendo nem temo, como disse o independentista uruguaio José Gervasio Artigas, de modo que nos declaramos em campanha em defesa da Pátria.

 

"Venezuela, com a Verdade Venceremos", concluiu.


Fonte: Prensa Latina

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

O desejo e prazer de matar em nome da justiça!

A justiça do homem NÃO É E JAMAIS SERÁ A JUSTIÇA DO ETERNO DEUS! 

Justiça do homem, seja bonitinha como for, TRAPO DE IMUNDÍCE!!!

 

publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 20:12

Foto publicada pelo Correio da Bahia

RUIM COSTA

por Lelê Teles, via e-mail, sugerido por Conceição Oliveira

“Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol…”

O goleiro angustiado eram doze jovens negros. Na cal, na marca do pênalti, o Estado, representado por 30 homens fardados.

O estádio, a cidade do Salvador, na Bahia.

Foi Gol.

O técnico do time, o governador Rui Costa, vai mandar colocar uma placa no estádio, pra ele foi golaço. Tanto é que foi entusiasmado aos microfones e elogiou o seu plantel por “ter a frieza e a calma necessárias para tomar a decisão certa.”

Estamos a falar de mais uma de tantas chacinas ocorridas em Salvador, essa foi na madrugada de 06 de fevereiro.

A polícia alegou troca de tiro, mas só um lado foi alvejado, a maior parte dos tiros atingiram a cabeça, as costas e o peito dos jovens periféricos.

Testemunhas negam que houve troca de tiros e afirmam que alguns jovens forma assassinados já rendidos e desarmados.

Apenas dois deles tinham passagem pela polícia. Um porque havia se envolvido numa troca de socos durante um carnaval.

O número de mortos ainda é incerto e varia entre 12 e 16, todos jovens, pretos e pardos. Não havia entre eles nenhum bandido perigoso.

Demonstrando insensibilidade social e desprezo pela vida humana, foi o governador Rui Costa quem banalizou a chacina, comparando-a a uma partida de futebol.

Tudo pelo espetáculo.

O crime aconteceu no bairro Cabula e me deixou encabulado. Acreditava-se que Costa iria encarar de frente o extermínio da juventude nas periferias de Salvador, mas ele preferiu encarar de lado, do lado dos assassinos.

Sobre as bestas fardadas, Rui foi só elogios e disse que eles são “como um artilheiro em frente ao gol que tenta decidir, em alguns segundos, como é que ele vai botar a bola dentro do gol.”

A bola de Rui é a bala. O gol, a cabeça e o peito de uns molecotes sem camisa e de chinelos.

Pra deixar claro de que lado está o governador, olhemos para a arquibancada e vejamos o lugar que ele toma assento.

A polícia de Rui é boa porque mata no peito. Aos microfones, o governador petista conclui “depois que a jogada termina, se foi um golaço, todos os torcedores da arquibancada irão bater palma e a cena vai ser repetida várias vezes na televisão.”

Rui, como se vê, está a aplaudir de pé e pelo jeito a cena vai ser repetida várias vezes.

O partido de Rui está a ser julgado pela mídia e por setores do judiciário, muitos dos correligionários de Rui tem mesmo alguma culpa no cartório.

O que diria Costa se o jogo fosse contra o seu time e os artilheiros estivessem a matar todas no peito?

Senhor Rui Costa, não há pena de morte no Brasil, sua polícia não pode sair às ruas matando jovens da periferia de forma arbitrária, covarde e seletiva.

O presidente de seu partido e a presidenta de nosso país deveriam vir a público e condenar suas palavras de deboche e escárnio.

Quando um jovem branco, traficante de drogas contumaz e réu confesso, foi julgado e condenado por uma corte na Indonésia, a presidenta de nosso país pediu clemência.

É uma demência, senhor Rui, o senhor bater palmas para uma execução sem juiz, sem advogados, sem condenação, sem lei.

É altamente sintomática essa comparação de um traficante branco e 12 jovens negros. O branco é uma vítima, merece um psicólogo, uns cascudos, um perdão e uma nova chance.

Para os pretos bala.

A questão não é se os mortos eram ou não eram delinquentes, a questão é que os policias agiram ao arrepio da lei.

Lembro-me. Consternado, estarrecido, do filme Tropa de Elite I. Ali, policiais do BOPE são implacáveis contra o que eles chamam de traficantes; mas são implacáveis somente contra os “traficantes” da periferia, pretos e pardos.

Na Periferia, os heróis do capitão nascimento esculachavam com os traficas e demonizavam a traficância. Mas o garotão que traficava drogas na universidade recebeu de Matias, o policial negro, apenas uns cascudos durante uma passeata.

Matias, o policial negro, já havia flagrado o jovem branco com drogas na universidade, mas ele se contentou em dar uma lição de moral no moleque.

Na favela, era tiro no peito e na cabeça.

Numa operação em que Nascimento e seus homens flagraram uma rodinha de moleques usando drogas, eles chegando dando porrada e matam um favelado a tiros. Ao ver que havia um jovem da zona sul ali no meio, Nascimento lhe dá uns tapas na cara, esfrega o rosto dele no sangue do defunto e lhe dá umas lições de moral.

Age como um pai.

Contra o favelado baiano, deitado na laje do barraco, desarmado e com as mãos para o alto, Matias, o policial negro, atira na cara com uma escopeta.

O time de Rui é ruim pra cacete. E continua ganhando o jogo.

Palavra da salvação.

Leia também:

PM da Bahia mata uma dúzia e petista Rui Costa grita gol!

 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

China planeja construir cidade “verde” do zero

Em busca de criar um modelo que reduza o impacto ambiental dos centros urbanos, a China está planejando construir do zero uma cidade completamente “verde”.

Por: likeanerd

O planejamento urbano é um grande desafio das cidades superpopulosas da China. Em busca de criar um modelo que reduza o impacto ambiental dos centros urbanos, o país está planejando construir do zero uma cidade completamente “verde”. Entre os objetivos estão aliviar problemas de poluição e problemas gerados pela multidão de pessoas.

O distrito de uma megalópole, chamado Chengdu Tianfu, foi planejado por uma firma de arquitetura de Chicago. De acordo com os planos, a cidade deve ser construída em até 8 anos. Isto é pouco tempo, se considerarmos que a população deverá ser de 80 mil pessoas, ou algo em torno de 30 mil famílias.

O distrito deve ter uma conexão de transporte público de massa para a gigantesca cidade de Chengdu, uma megalópole de 14 milhões de habitantes. Além disso, a cidade está planejada para utilizar 48 por cento menos energia e 58 por cento menos água do que uma cidade convencional com o mesmo número de moradores.

Outra grande sacada do projeto é a área. Em um espaço de 1,3 quilômetros quadrados toda a população de 80 mil pessoas será dividida. Isto dispensará o uso do carro, já que as pessoas podem facilmente ir para qualquer parte da cidade em 15 minutos andando.

O aumento da densidade populacional é uma técnica de planejamento urbano já utilizada em algumas cidades do mundo para reduzir o impacto ambiental. Por enquanto a cidade de Chengdu Tianfu é um protótipo, mas no futuro poderá ser replicada por todo país. Um dos pontos mais positivos do projeto é ver a China, famosa pelas cidades com alto grau de poluição, se preocupando com questões ambientais.

Veja imagens do projeto no PopSci

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

INCOMPETÊNCIA POLÍTICA

 

A notícia vale como epitáfio de um dia que nasceu morto.

A notícia: o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu entrevista à TV Veja.

Ponto. Final. Desçam as cortinas.

Talvez a estratégia do governo seja mais genial do que a gente pensa.

Está muito além da compreensão de simples mortais.

Talvez a estratégia seja aprofundar logo a crise, acelerar de uma vez o processo de impeachment, porque se tiver de acontecer, que seja logo, para as coisas se resolverem.

Algo assim como perder a guerra antes mesmo de lutar, para a guerra terminar logo.

Entreguemos Paris antes dos nazistas declararem guerra. Menos risco.

Façamos o máximo de cagadas, no menor espaço de tempo possível.

Graça Foster divulga um balanço em que mistura projeções de queda no faturamento da Petrobrás, em virtude de preços menores do petróleo, com estimativas de corrupção baseada em fofoca de delator.

Dilma se mantém no mutismo de sempre.

Pior: desmantela o único canal de comunicação sistemática que possuía: o Café com a Presidenta, que lhe permitia ao menos falar com cidadezinhas do interior e periferias, as quais, quem sabe também por isso, foram o seu mais fiel bastião eleitoral.

O último programa foi realizado em junho do ano passado.

Como o poder não suporta o vácuo, quem está assumindo as rédeas do debate político nacional parece ser Eduardo Cunha, o novo presidente da Câmara dos Deputados.

Hoje ele já deixou claro: não haverá regulação de mídia nem debate sobre o aborto.

As obras da Petrobrás, que empregam centenas de milhares de trabalhadores, estão parando e deixando um rastro de desespero.

E a Dilma, calada.

Marcelo Freixo, deputado estadual do Rio de Janeiro, costuma usar um lema em suas campanhas que, apesar de piegas, deu bons resultados: “nada deve parecer impossível de mudar”.

O lema da estratégia política do governo federal pode ser uma paródia: “nada deve parecer impossível de piorar”.

O governo Dilma conseguiu superar Dante.

No inferno dantesco, ao menos havia um limite.

O poeta, guiado por Virgílio, chega ao nono círculo, onde se depara com o próprio Satanás, um monstro horrendo que devora vivo os traidores, mastigando-os lentamente.

Mas tudo se encerra ali, no nono círculo.

Até o inferno tem um fim. Dante e Virgílio pegam um atalho e saem da escuridão.

A obra termina com um verso de alívio: “e quindi uscimmo a riveder le stelle”.

“Então saímos para rever as estrelas”.

Já o governo Dilma, ao atingir o nono círculo, ao invés de procurar uma saída no alto, vai atrás de outro buraco, para descer mais fundo.

E chega ao décimo círculo do inferno.

Este é o significado da entrevista de Cardozo à TV Veja.

O ministro por acaso esqueceu o que a Veja fez no segundo turno da campanha eleitoral?

Por acaso esqueceu o que a Veja faz com Dilma 24 horas por dia?

Já deu uma olhada nos blogs escatológicos da revista, que xingam, literalmente, a presidenta, de tudo quanto é nome?

A Dilma não foi à TV, no último dia de campanha, protestar violentamente contra a revista, inclusive afirmando que iria processá-la?

Que raios de estratégia é essa que confunde totalmente o cidadão?

Dilma detona a Veja de dia e Cardozo vai lá dar entrevista à noite?

Parece que o ministro da Justiça prepara o terreno não apenas para o impeachment da presidenta, não apenas para dar poder à oposição.

Cardozo – e portanto também Dilma, sua chefa – não se contenta em permitir a destruição de Cartago.

Eles querem lançar sal sobre as ruínas, para que nada mais cresça na cidade devastada?

Ah, então para quem o ministro deveria dar entrevista?

Ora, sei lá. Para a BBC Brasil, Reuters, Le Monde, Brasil de Fato, Carta Capital, blog do Zé das Couves.

Qualquer lugar, menos Veja.

Um dos grandes erros de Dilma foi não ter aproveitado a passagem de governo para fazer uma verdadeira reforma ministerial.

Podia trocar a presidente da Petrobrás e o ministro da Justiça, em nome da alternância de poder.

Cardozo perdeu completamente a autoridade sobre a Polícia Federal.

Uma polícia que não responde à autoridade hierárquica é uma insanidade.

Imagine se policiais civis do Rio de Janeiro fossem flagrados xingando Pezão nas redes sociais?

Ou, se fossem paulistas, xingando Alckmin?

Seriam exonerados imediatamente! E com razão.

Um policial, militar, civil ou federal, tem de ser politicamente isento, nem petista nem tucano. E, sobretudo, tem de respeitar os superiores.

No caso do governo Dilma, agentes federais chegaram ao cúmulo de praticar tiro ao alvo usando a imagem da presidenta.

E o ministro Cardozo não fez nada.

Ontem eu encontrei um amigo na rua e fomos tomar umas cervejas na Lapa.

Ele contou que seu pai, um conhecido politólogo, está muito nervoso e decepcionado com a incompetência política do governo.

Então pensamos algumas estratégias.

Se Dilma não faz política, não podemos imitá-la e não fazer também.

Fizemos algumas especulações otimistas, pensando em levantar o astral de seu pai.

Apocalípticas e desesperadas, mas otimistas, se é que isso é possível.

Digamos que a mídia consiga realizar o seu intento e leve adiante a loucura de um impeachment.

Terá de ser uma operação imaculada.

Se passar a impressão de que manipulou a informação, a mídia estará assinando, pela segunda vez na história, o atestado de golpista.

E ela já está passando essa impressão.

Por exemplo: este email vazado de uma diretora da Globo, mandando todos os editores blindarem FHC, removendo qualquer associação do ex-presidente com o escândalo da Petrobrás, é uma belíssima e estonteante síntese de golpismo midiático.

Se não for uma operação imaculada, poderá haver convulsão social e, sobretudo, uma intensa e fulminante tomada de consciência por parte da população de que estão tentando lhe enganar.

A popularidade da Dilma caiu não apenas porque a mídia ampliou seus ataques contra o governo, mas porque as pessoas estão irritadas com a apatia política de Dilma.

Se a presidenta adotasse uma estratégia, qualquer estratégia, minimamente digna, resgatando a mística do coração valente, a sua popularidade dispararia no dia seguinte.

Opinião pública é um troço mais volátil que cotação de petróleo. Aliás, por isso sempre reiteramos que o governo não pode se fiar em pesquisa, nem boa nem ruim.

O que ele tem de fazer é assegurar uma base social orgânica sólida, a partir da política.

Então, querido professor, não fique tão chateado.

Se a mídia passar a impressão de manipuladora e golpista, e vai passar, aceleraremos a história.

Podem até derrubar a Dilma, mas terão uma enorme dificuldade para eleger seu candidato em 2018.

Qualquer mácula no golpe, e Lula, ou outro da mesma estirpe (um Haddad, por exemplo) se elege com voto massivo.

A oposição virá com quem? Aécio? Cunha? Alckmin?

Mesmo que algum desses se eleja, quem lhe dará sustentação nas ruas, nas redes, nos sindicatos, nos movimentos sociais?

Ele vai querer censurar todo mundo e o caldeirão vai explodir.

Aí mergulhamos mais fundo em nossas especulações apocalípticas.

Digamos que o PT se desmanche de vez, e que a candidatura de Lula seja inviabilizada por alguma tramoia judicial.

Digamos que os círculos do inferno se sucedam infinitamente. E não sejam apenas nove círculos, mas dezenas deles, cada vez mais sombrios e terríveis.

Surgirá um novo partido? Um Syriza? Um Podemos?

Pode ser.

Por que disse eu que a nossa especulação, mesmo apocalíptica, era otimista?

Porque a política se desenvolve em dois planos.

Um é a superfície do poder, onde transitam os governos, as manchetes do dia, as eleições.

Outro são as profundezas da consciência popular, onde se faz a história.

O nosso campo político está formado. A sua solidez é infinitamente superior às contingências e defeitos de um governo apático.

A mídia brasileira escolheu, há muito tempo, o seu lado.

O lado dos bancos, dos especuladores, dos latifundiários, do eduardo cunha.

O lado dos tucanos, enfim.

Os tucanos e seu incomensurável rabo de mutretas.

O delator Pedro Barusco deixou bem claro: ele recebia propina desde 1997, e naquela época, quem pagava era um cartel internacional, que articulava para que não houvesse desenvolvimento de tecnologia nacional.

Os tucanos roubavam, vendiam as nossas estatais, e ainda recebiam propina de carteis para não deixar o Brasil se desenvolver.

Nem vem que não tem!

O governo Dilma pode ser um primor de incompetência política.

Um sangrento e trágico desastre ferroviário em comunicação.

Mas qualquer coisa é melhor do que o entreguismo tucano.

A gente sabe muito bem porque a mídia quer o PSDB no poder. Por dinheiro, pura e simplesmente.

Se o PT dá dinheiro grosso à mídia, o PSDB vai dar vinte, trinta vezes mais.

Vai comprar milhões de livros didáticos, fazer milhares de assinaturas, vai terceirizar para a grande mídia toda a publicidade e comunicação estatal.

Só que isso é tudo que as ruas pedem para emergir com uma força da qual a mídia já teve um vislumbre nas “jornadas de junho”.

A imprensa comercial só podia filmar do alto dos prédios, ou em helicópteros.

Quando o PSDB ganhar e começar a encher a mídia de grana, ela terá de usar drones de guerra.

Se o governo e o PT, portanto, estão decididos a se autodestruírem alegremente, voluntariamente, então que sejam felizes e tenham a morte mais tranquila possível.

É uma pena, tanto trabalho perdido, mas enfim a experiência valeu.

A consciência política, porém, nunca morre.

A consciência política é imortal.

É com ela que iremos reconstruir nossas cidades bombardeadas pela mentira e pela manipulação.

O golpe que a mídia organiza com tanto zelo pode ser, portanto, a grande armadilha que a história, sarcástica como sempre, esteja lhe preparando.

- See more at: http://www.ocafezinho.com/2015/02/10/o-decimo-circulo-do-inferno/#sthash.AjDLxR8s.dpuf

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

VAMO ACORDAR PESSOAL !!!

 

De 1995-2002 (PSDB) a gasolina foi reajustada em 350%.

De 2003-2015 45%.

 

Coloca isso ai pro teu pessoal nas redes sociais!!!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Tem que ler tudo...se não...papagaio de pirata será!!

 

4 de fev de 2015

O "FIM" DO BRASIL

 

 

 

(REVISTA DO BRASIL) - Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos. 

Na análise econômica, mais do que a onda de terrorismo antinacional em curso, amplamente disseminada pela boataria rasteira de botequim, o que interessa são os números e os fatos.

Segundo dados do Banco Mundial, o PIB do Brasil passou, em 11 anos, de US$ 504 bilhões em 2002, para US$ 2,2 trilhões em 2013. Nosso Produto Interno Bruto cresceu, portanto, em dólares, mais de 400% em dez anos, performance ultrapassada por pouquíssimas nações do mundo. 

Para se ter ideia, o México, tão “cantado e decantado” pelos adeptos do terrorismo antinacional, não chegou a duplicar de PIB no período, passando de US$ 741 bilhões em 2002 para US$ 1,2 trilhão em 2013; os Estados Unidos o fizeram em menos de 80%, de pouco mais de US$ 10 trilhões para quase US$ 18 trilhões.

Em pouco mais de uma década, passamos de 0,5% do tamanho da economia norte-americana para quase 15%. Devíamos US$ 40 bilhões ao FMI, e hoje temos mais de US$ 370 bilhões em reservas internacionais. Nossa dívida líquida pública, que era de 60% há 12 anos, está em 33%. A externa fechou em 21% do PIB, em 2013, quando ela era de 41,8% em 2002. E não adianta falar que a dívida interna aumentou para pagar que devíamos lá fora, porque, como vimos, a dívida líquida caiu, com relação ao PIB, quase 50% nos últimos anos.

Em valores nominais, as vendas nos supermercados cresceram quase 9% no ano passado, segundo a Abras, associação do setor, e as do varejo, em 4,7%. O comércio está vendendo pouco? O eletrônico – as pessoas preferem cada vez mais pesquisar o que irão comprar e receber suas mercadorias sem sair de casa – cresceu 22% no ano passado, para quase US$ 18 bilhões, ou mais de R$ 50 bilhões, e o país entrou na lista dos dez maiores mercados do mundo em vendas pela internet.

Segundo o Perfil de Endividamento das Famílias Brasileiras divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o ano de 2014 fechou com uma redução do percentual de famílias endividadas na comparação com o ano anterior, de 62,5%, para 61,9%, e a porcentagem de famílias com dívidas ou contas em atraso, caiu de 21,2%, em 2013, para 19,4%, em 2014 (menor patamar desde 2010). A proporção de famílias sem condições de pagar dívidas em atraso também diminuiu, de 6,9% para 6,3%.

É esse país – que aumentou o tamanho de sua economia em quatro vezes, cortou suas dívidas pela metade, deixou de ser devedor para ser credor do Fundo Monetário Internacional e quarto maior credor individual externo dos Estados Unidos, que duplicou a safra agrícola e triplicou a produção de automóveis em 11 anos, que reduziu a menos de 6% o desemprego e que, segundo consultorias estrangeiras, aumentou seu número de milionários de 130 mil em 2007 para 230 mil no ano passado, principalmente nas novas fronteiras agrícolas do Norte e do Centro-Oeste – que malucos estão dizendo que irá “quebrar” em 2015.

E se o excesso de números é monótono, basta o leitor observar a movimentação nas praças de alimentação dos shoppings, nos bares, cinemas, postos de gasolina, restaurantes e supermercados; ou as praias, de norte a sul, lotadas nas férias. E este é o retrato de um país que vai quebrar nos próximos meses?

O Brasil não vai acabar em 2015.

Mas se nada for feito para desmitificar a campanha antinacional em curso, poderemos, sim, assistir ao “fim do Brasil” como o conhecemos. A queda das ações da Petrobras e de empresas como a Vale, devido à baixa do preço do petróleo e das commodities, e também de grandes empresas ligadas, direta e indiretamente, ao setor de gás e de petróleo, devido às investigações sobre corrupção na maior empresa brasileira, poderá diminuir ainda mais o valor de empresas estratégicas nacionais, levando, não à quebra dessas empresas, mas à sua compra, a preço de “bacia das almas”, por investidores e grandes grupos estrangeiros – incluídos alguns de controle estatal – que, há muito, estão esperando para aumentar sua presença no país e na área de influência de nossas grandes empresas, que se estende pela América do Sul e a América Latina.

Fosse outro o momento, e o Brasil poderia – como está fazendo a Rússia – reforçar sua presença em setores-chave da economia, como são a energia e a mineração, para comprar, com dinheiro do tesouro, a preço muito barato, ações da Petrobras e da própria Vale. Com isso, além de fazer um grande negócio, o governo brasileiro poderia, também, contribuir com a recuperação da Bolsa de Valores. Essa alternativa, no entanto, não pode sequer ser aventada, em um início de mandato em que o governo se encontra pressionado, praticamente acuado, pelas forças neoliberais que movem – aproveitando os problemas da Petrobras – cerrada campanha contra tudo que seja estatal ou de viés nacionalista.

Com isso, o país corre o risco de passar, com a entrada desenfreada de grandes grupos estrangeiros na Bolsa por meio da compra de ações de empresas brasileiras com direito a voto, e a eventual quebra ou absorção de grandes empreiteiras nacionais por concorrentes do exterior, pelo maior processo de desnacionalização de sua economia, depois da criminosa entrega de setores estratégicos a grupos de fora – alguns de capital estatal ou descaradamente financiados por seus respectivos países (como foi o caso da Espanha) nos anos 1990.

Projetos que envolvem bilhões de dólares, e mantêm os negócios de centenas de empresas e empregam milhares de brasileiros já estão sendo, também, entregues para estrangeiros, cujas grandes empresas, no quesito corrupção, como se pode ver no escândalo dos trens, em São Paulo, em nada ficam a dever às brasileiras.

Para evitar que isso aconteça, é necessário que a sociedade brasileira, por meio dos setores mais interessados – associações empresariais, pequenas empresas, sindicatos de trabalhadores, técnicos e cientistas que estão tocando grandes projetos estratégicos que poderiam cair em mãos estrangeiras –, se organize e se posicione. Grandes e pequenos investidores precisam ser estimulados a investir na Bolsa, antes que só os estrangeiros o façam. 

O combate à corrupção – com a punição dos responsáveis – deve ser entendido como um meio de sanar nossas grandes empresas, e não de inviabilizá-las como instrumentos estratégicos para o desenvolvimento nacional e meio de projeção do Brasil no exterior.

É preciso que a população – especialmente os empreendedores e trabalhadores – percebam que, quanto mais se falar que o país vai mal, mais chance existe de que esse discurso antinacional e hipócrita, contamine o ambiente econômico, prejudicando os negócios e ameaçando os empregos, inclusive dos que de dizem contrários ao governo. 

É legítimo que quem estiver insatisfeito combata a aliança que está no poder, mas não o destino do Brasil, e o futuro dos brasileiros.

 

3 de fev de 2015

QUANTO VALE A PETROBRAS

 

 

 

 

(Jornal do Brasil) - O adiamento do balanço da Petrobras do terceiro trimestre do ano passado foi um equívoco estratégico da direção da companhia, cada vez mais vulnerável à pressão que vem recebendo de todos os lados, que deveria, desde o início do processo, ter afirmado que só faria a baixa contábil dos eventuais prejuízos com a corrupção, depois que eles tivessem, um a um, sua apuração concluída, com o avanço das investigações.

A divulgação do balanço há poucos dias, sem números que não deveriam ter sido prometidos, levou a nova queda no preço das ações.

E, naturalmente, a novas reações iradas e estapafúrdias, com mais especulação sobre qual seria o valor — subjetivo, sujeito a flutuação, como o de toda empresa de capital aberto presente em bolsa — da Petrobras, e o aumento dos ataques por parte dos que pretendem aproveitar o que está ocorrendo para destruir a empresa — incluindo hienas de outros países, vide as últimas idiotices do Financial Times – que adorariam estraçalhar e dividir, entre baba e dentes, os eventuais despojos de uma das maiores empresas petrolíferas do mundo.

O que importa mais na Petrobras?

O valor das ações, espremido também por uma campanha que vai muito além da intenção de sanear a empresa e combater eventuais casos de corrupção e que inclui de apelos, nas redes sociais, para que consumidores deixem de abastecer seus carros nos postos BR; à aberta torcida para que “ela quebre, para acabar com o governo”; ou para que seja privatizada, de preferência, com a entrega de seu controle para estrangeiros, para que se possa — como afirmou um internauta — “pagar um real por litro de gasolina, como nos EUA”?

Para quem investe em bolsa, o valor da Petrobras se mede em dólares, ou em reais, pela cotação do momento, e muitos especuladores estão fazendo fortunas, dentro e fora do Brasil, da noite para o dia, com a flutuação dos títulos derivada, também, da campanha antinacional em curso, refletida no clima de “terrorismo” e no desejo de “jogar gasolina na fogueira”, que tomou conta dos espaços mais conservadores — para não dizer golpistas, fascistas, até mesmo por conivência — da internet.

Para os patriotas - e ainda os há, graças a Deus - o que importa mais, na Petrobras, é seu valor intrínseco, simbólico, permanente, e intangível, e o seu papel estratégico para o desenvolvimento e o fortalecimento do Brasil.

Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, em nossa geração, foram para as ruas e para a prisão, e apanharam de cassetete e bombas de gás, para exigir a criação de uma empresa nacional voltada para a exploração de uma das maiores riquezas econômicas e estratégicas da época, em um momento em que todos diziam que não havia petróleo no Brasil, e que, se houvesse, não teríamos, atrasados e subdesenvolvidos que “somos”, condições técnicas de explorá-lo?

Quanto vale a formação, ao longo de décadas, de uma equipe de 86.000 funcionários, trabalhadores, técnicos e engenheiros, em um dos segmentos mais complexos da atuação humana?

Quanto vale a luta, o trabalho, a coragem, a determinação daqueles, que, não tendo achado petróleo em grande quantidade em terra, foram buscá-lo no mar, batendo sucessivos recordes de poços mais profundos do planeta; criaram soluções, “know-how”, conhecimento; transformaram a Petrobras na primeira referência no campo da exploração de petróleo a centenas, milhares de metros de profundidade; a dezenas, centenas de quilômetros da costa; e na mais premiada empresa da história da OTC – Offshore Technology Conferences, o “Oscar” tecnológico da exploração de petróleo em alto mar, que se realiza a cada dois anos, na cidade de Houston, no Texas, nos Estados Unidos?

Quanto vale a luta, a coragem, a determinação, daqueles que, ao longo da história da maior empresa brasileira — condição que ultrapassa em muito, seu eventual valor de “mercado” — enfrentaram todas as ameaças à sua desnacionalização, incluindo a ignominiosa tentativa de alterar seu nome, retirando-lhe a condição de brasileira, mudando-o para “Petrobrax”, durante a tragédia privatista e “entreguista” dos anos 1990?

Quanto vale uma companhia presente em 17 países, que provou o seu valor, na descoberta e exploração de óleo e gás, dos campos do Oriente Médio ao Mar Cáspio, da costa africana às águas norte-americanas do Golfo do México?

Quanto vale uma empresa que reuniu à sua volta, no Brasil, uma das maiores estruturas do mundo em Pesquisa e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, trazendo para cá os principais laboratórios, fora de seus países de origem, de algumas das mais avançadas empresas do planeta?

Por que enquanto virou moda — nas redes sociais e fora da internet — mostrar desprezo, ódio e descrédito pela Petrobras, as mais importantes empresas mundiais de tecnologia seguem acreditando nela, e querem desenvolver e desbravar, junto com a maior empresa brasileira, as novas fronteiras da tecnologia de exploração de óleo e gás em águas profundas?

Por que em novembro de 2014, há apenas pouco mais de três meses, portanto, a General Electric inaugurou, no Rio de Janeiro, com um investimento de 1 bilhão de reais, o seu Centro Global de Inovação, junto a outras empresas que já trouxeram seus principais laboratórios para perto da Petrobras, como a BG, a Schlumberger, a Halliburton, a FMC, a Siemens, a Baker Hughes, a Tenaris Confab, a EMC2 a V&M e a Statoil?

Quanto vale o fato de a Petrobras ser a maior empresa da América Latina, e a de maior lucro em 2013 — mais de 10 bilhões de dólares — enquanto a PEMEX mexicana, por exemplo, teve um prejuízo de mais de 12 bilhões de dólares no mesmo período?

Quanto vale o fato de a Petrobras ter ultrapassado, no terceiro trimestre de 2014, a EXXON norte-americana como a maior produtora de petróleo do mundo, entre as maiores companhias petrolíferas mundiais de capital aberto?

É preciso tomar cuidado com a desconstrução artificial, rasteira, e odiosa, da Petrobras e com a especulação com suas potenciais perdas no âmbito da corrupção, especulação esta que não é apenas econômica, mas também política.

A PETROBRAS teve um faturamento de 305 bilhões de reais em 2013, investe mais de 100 bilhões de reais por ano, opera uma frota de 326 navios, tem 35.000 quilômetros de dutos, mais de 17 bilhões de barris em reservas, 15 refinarias e 134 plataformas de produção de gás e de petróleo.

É óbvio que uma empresa de energia com essa dimensão e complexidade, que, além dessas áreas, atua também com termoeletricidade, biodiesel, fertilizantes e etanol, só poderia lançar em balanço eventuais prejuízos com o desvio de recursos por corrupção, à medida que esses desvios ou prejuízos fossem “quantificados” sem sombra de dúvida, para depois ser — como diz o “mercado” — “precificados”, um por um, e não por atacado, com números aleatórios, multiplicados até quase o infinito, como tem ocorrido até agora.

As cifras estratosféricas (de 10 a dezenas de bilhões de reais), que contrastam com o dinheiro efetivamente descoberto e desviado para o exterior até agora, e enchem a boca de “analistas”, ao falar dos prejuízos, sem citar fatos ou documentos que as justifiquem, lembram o caso do “Mensalão”.

Naquela época, adversários dos envolvidos cansaram-se de repetir, na imprensa e fora dela, ao longo de meses a fio, tratar-se a denúncia de Roberto Jefferson, depois de ter um apaniguado filmado roubando nos Correios, de o “maior escândalo da história da República”, bordão esse que voltou a ser utilizado maciçamente, agora, no caso da Petrobras.

Em dezembro de 2014, um estudo feito pelo instituto Avante Brasil, que, com certeza não defende a “situação”, levantou os 31 maiores escândalos de corrupção dos últimos 20 anos.

Nesse estudo, o “mensalão” — o nacional, não o “mineiro” — acabou ficando em décimo-oitavo lugar no ranking, tendo envolvido menos da metade dos recursos do “trensalão” tucano de São Paulo e uma parcela duzentas vezes menor que a cifra relacionada ao escândalo do Banestado, ocorrido durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso, que, em primeiríssimo lugar, envolveu, segundo o levantamento, em valores atualizados, aproximadamente 60 bilhões de reais.

E ninguém, absolutamente ninguém, que dizia ser o mensalão o maior dos escândalos da história do Brasil, tomou a iniciativa de tocar, sequer, no tema — apesar do “doleiro” do caso Petrobras, Alberto Youssef, ser o mesmo do caso Banestado — até agora.

Os problemas derivados da queda da cotação do preço internacional do petróleo não são de responsabilidade da Petrobras e afetam igualmente suas principais concorrentes.

Eles advém da decisão tomada pela Arábia Saudita de tentar quebrar a indústria de extração de óleo de xisto nos Estados Unidos, aumentando a oferta saudita e diminuindo a cotação do produto no mercado global.

Como o petróleo extraído pela Petrobras destina-se à produção de combustíveis para o próprio mercado brasileiro, que deve aumentar com a entrada em produção de novas refinarias, como a Abreu e Lima; ou para a “troca” por petróleo de outra graduação, com outros países, a empresa deverá ser menos prejudicada por esse processo.

A produção de petróleo da companhia está aumentando, e também as descobertas, que já somam várias depois da eclosão do escândalo.

E, mesmo que houvesse prejuízo — e não há — na extração de petróleo do pré-sal, que já passa de 500.000 barris por dia, ainda assim valeria a pena para o país, pelo efeito multiplicador das atividades da empresa, que garante, com a política de conteúdo nacional mínimo, milhares de empregos qualificados na construção naval, na indústria de equipamentos, na siderurgia, na metalurgia, na tecnologia.

A Petrobras foi, é e será, com todos os seus problemas, um instrumento de fundamental importância estratégica para o desenvolvimento nacional, e especialmente para os estados onde tem maior atuação, como é o caso do Rio de Janeiro.

Em vez de acabar com ela, como muitos gostariam, o que o Brasil precisaria é ter duas, três, quatro, cinco Petrobras.

É necessário punir os ladrões que a assaltaram?

Ninguém duvida disso.

Mas é preciso lembrar, também, uma verdade cristalina.

A Petrobras não é apenas uma empresa.

Ela é uma Nação.

Um conceito.

Uma bandeira.

E por isso, seu valor é tão grande, incomensurável, insubstituível.

Esta é a crença que impulsiona os que a defendem.

E, sem dúvida alguma, também, a abjeta motivação que está por trás dos canalhas que pretendem destruí-la.

 Mauro Santayana   10 comentários 

 

Acesso em http://www.maurosantayana.com/